O infarto e seus sintomas

20/06/2016 11:46

datasus/catracalivre

Os números são assustadores. As doenças cardiovasculares são líderes em morte no mundo, sendo responsáveis por quase 30% das mortes no Brasil. Dentre estas, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a causa principal. 

Segundo o Departamento de Informática do SUS (Datasus), agência de controle de dados do governo, no último levantamento realizado, em 2013, foram registrados 2028 óbitos por doenças cardiovasculares no estado de São Paulo em um único mês. A mortalidade hospitalar por infarto agudo na internação é alta, e maior quanto mais demorado o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento final. Não muito surpreendente, os fatores de risco para o infarto são a obesidade, hipertensão, colesterol alto, estresse, diabetes, além claro, da reincidência de infartos. 

Entre os grupos de risco, os que mais de destacam são de homens na meia idade e mulheres após a menopausa são os mais afetados pelo problema.

O infarto acontece quando parte do músculo cardíaco morreu por falta de oxigenação. A nutrição do músculo é feita pelas artérias coronárias, que levam sangue e nutrientes até o coração e, se uma artéria dessas "entupir" - que ocorre quando uma placa de gordura perto da parede interna do vaso se rompe - o fluxo de sangue é interrompido e aquela área entra em sofrimento (causando dor) e se esse fluxo não for reestabelecido a tempo, o tecido morre.

A dor do IAM é uma sensação mal definida, surda, que pode se alojar em qualquer local entre o lábio inferior e a cicatriz umbilical. Ainda que a maioria das pessoas sinta dor no meio do peito, em aperto, espalhando para o braço direito, vemos com muita frequência apresentações menos características. 

Há relatos de pessoas que tiveram dor no queixo, dor nas costas. As características do infarto em mulheres são muito menos típicas, com queixas de queimação ou agulhadas no peito ou ainda falta de ar sem dor. Qualquer dor nessas regiões que se mantêm por mais de 20 minutos deve ser investigada e considerada doença grave, especialmente se associada aos seguintes sintomas como vômitos, suor frio, fraqueza intensa, palpitações e falta de ar.

Na presença dessas sensações, é de extrema importância procurar ajuda no pronto socorro mais próximo em no máximo uma hora. Conforme o tempo passa a dor diminui, mas o dano torna-se mais extenso e irreversível. Após 12 horas de dor, o músculo em sofrimento já morreu quase por completo.

Em municípios com disponibilidade de atendimento domiciliar rápido, como o SAMU, é imprescindível acioná-lo. Na ausência de uma ambulância, busque uma acompanhante que possa dirigir ou acompanhar até o médico - sempre em um hospital de emergência, para não transformar um consultório médico em uma UTI.

Evite dirigir com suspeita de infarto, pois arritmias e desmaios são frequentes no inicio do quadro, colocando em risco você e os outros. Carregue consigo seus exames mais recentes, se estiverem acessíveis e não forem atrasar a sua viagem. Fique tranquilo e explique tudo ao seu acompanhante e médico, em especial a presença de alergias e doenças prévias.

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