Sedentário aos 40, não!

12/07/2016 11:22

veja.com

Segundo um estudo publicado recentemente pela revista científica Neurology, ser sedentário aos 40 anos de idade pode contribuir para o envelhecimento e redução do volume cerebral na terceira idade.

A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Boston, nos EUA, analisou quase 1.600 pessoas na cada dos 40 anos, sem demência ou doenças cardíacas. Todos os participantes realizaram um teste de esforço na esteira e foram submetidos a tomografias cerebrais. Duas décadas depois, os procedimentos foram repetidos. 

Os resultados mostraram que as pessoas que tiveram pior desempenho no primeiro teste de esforço apresentaram um menor volume cerebral na tomografia realizada 20 anos mais tarde. O desenvolvimento de problemas cardíacos também se mostrou um indicador de aceleração do envelhecimento cerebral. 

Os participantes que não tinham problemas cardíacos nem usavam medicamentos para pressão alta apresentaram o equivalente a um ano de envelhecimento acelerado do cérebro. Por outro lado, aqueles que tinham problemas no coração ou usavam medicação para pressão apresentaram o equivalente a dois anos de envelhecimento cerebral.

“Encontramos uma correlação direta entre má forma física e o volume do cérebro nas décadas seguintes, o que indica envelhecimento acelerado.Além disso, os resultados sugerem que um bom condicionamento físico na meia-idade pode ser particularmente importante para milhões de pessoas ao redor do mundo que já têm alguma evidência de doenças cardíacas”, relatou Nicole Spartano, principal autora do estudo. 

Os autores também descobriram que as pessoas cuja pressão sanguínea e frequência cardíaca subiam de forma mais acelerada no primeiro teste de esforço corriam um risco aumentado de ter cérebros menores 20 anos depois.

A redução do volume e o envelhecimento cerebral são processos naturais do envelhecimento humano. No entanto, essa atrofia está associada ao declínio cognitivo e ao aumento do risco de demência. Cientistas argumentam que a prática de atividade física pode reverter essa deterioração. 

Embora este seja apenas um estudo observacional que mostra apenas uma associação entre as condições, os autores ressaltam que é preciso lembrar que as escolhas de saúde e estilo de vida feitas pelas pessoas podem ter consequências muitos anos depois.

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